segunda-feira, 20 de junho de 2011

Rosas de pedra, estátua de fogo

E toda a água que caiu, lavou-te a dureza? A pedra do teu descontentamento?
Quem te julgas estátua? guardando as rosas do jardim que não floresceu...
Acordo, adormeço, acordo dormente, na dormência dos braços e pernas frios ( estátua) . Que sonho foi este onde no jardim só floriam flores de papel? Papel da fantasia. E tu estátua. Cinzenta . Pedra.
Que pedra negra é aquela que tem poder de cristal?
Onix.
E cristaliza?
Não sei a unica que vi foi no parapeito da janela dela ( o dedo apontando em estátua, à estátua)
Levanto a saia, as pernas em dormência ainda. Que rosas de papel são estas que me ocupam o jardim dos sonhos, o jardim dos pensamentos?
Não toques, não ponhas a mão...
A estátua arde em febres que não compreendo...
E as rosas sorriem. Em estatua me fico de novo...
Chega-te ao pé de nós.
Não gosto de aperitivos, prefiro-as rosas, mesmo que em papel de fantasia. E eu estátua, sonhando mais do que nozes. Sonhando vozes gritando na noite, que a estátua afinal morreu... fundindo em si o metal precioso do calor de um corpo que se deu

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