sábado, 16 de julho de 2011

Águas que se passam

Há coisas que é melhor não tentar entender.
Há pessoas que não são para serem entendidas. Eu sei do que falo, é uma questão de genética. São o que são e ou se gosta ou não.
Não vale a pena tentar entende-las ou modifica-las com um risco grave de transformar a essência ou provocar rupturas irreparáveis. Ou se gosta ou não se gosta ou se aceita ou não se aceita.
As pessoas que são como grandes barragens. Um rio muito ténue adiante, um enorme lago nas traseiras e se por acaso as barreiras que as contêm começam a ganhar fissuras o melhor é não mexer muito nas estruturas, tentando apenas pequenas reparações locais, com o risco de provocar a derrocada total e soltar um enorme caudal de água que só provocará destruições. Se não houver reparações possíveis? Que se construa outra barragem então num outro local e se abandone a que ficou inutilizada.
É uma filosofia, como outra qualquer, das muitas que circulam agora por todo o lado. Uma pessoa nunca muda integralmente ou radicalmente. Consegue ou não adaptar-se às circunstâncias e nós que vivemos em redor de muitas pessoas só temos que as aceitar como são, na nossa convivência ou negar-lhes a entrada no canto que escolhemos para viver.
É tão simples como beber um copo de água.

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