terça-feira, 26 de julho de 2011

A ditadura do giro

Gosto porque é giro, fiz porque é giro.
Mas afinal o que é essa coisa de ser giro? Um giro ( bonito!), uma volta, um passeio?
Serão decisões tomadas numa base de mobilidades ou aparências?
Já ninguém decide. Faz-se porque é giro, parece giro, parece bem.
Parece-me mal, muito mal! Parece-me que ninguém quer ter responsabilidade de assumir a decisão.
Fiz porque sim, porque me parecia bem assim! Errei ou não.
Infelizmente o "fiz porque é giro" aplica-se a todos os campos de vivências: tenho esta relação porque é gira, ou a/o companheiro é giro ou é giro quando estamos juntos; tiram- se cursos giros que estão na moda, mas que não se sabe o que fazer com eles no futuro.
Depois vem a vida real, que não é gira e pressupõe dificuldades. O companheiro perde a graça e toca a mandá-lo dar um giro. O emprego não chega, não realiza, não preenche e a vida fica sem graça. Entretanto com tudo tão giro, não se aprendeu a tomar decisões, a assumi-las e a perceber como se faz quando se erra.
É deprimente a ditadura do giro. É bom aprender a saber o que se quer e porque se quer. O poder de decisão é o maior poder que se pode ter na mão e não pode ser utilizado na base da moda do mais giro, ou a vida pode vir a ficar feia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

deixa alguma coisa para a caixa