quinta-feira, 7 de julho de 2011

A bolha a rebentar

Lixo. A palavra que está na ordem do dia. Avaliação. A palavra que nos persegue como se fosse um abutre à espera de nos roer os ossos após a queda.
Afinal, quem é que nos avalia? Que agências são estas e de onde vêm? Não é suposto sermos avaliados por quem nos está a observar o desempenho? Vivemos numa bolha. Uma bolha de ratings, de traddings e de coisas que ninguém sabe o que é, que ninguém viu ou palpou de facto, mas que avaliam constantemente o nosso desempenho. Como ninguém vê ou sabe o que é, ninguém pode questionar os critérios (e de novo a avaliação, alterando os critérios que ninguém sabe quais são porque não se sabe muito bem quem se avalia).
É um circulo vicioso, de regras viciadas que tem o pernicioso resultado de insultar o orgulho de um povo ( já nem digo de uma nação, que para ser nação é preciso autonomia, mas a bolha da especulação tornou-nos totalmente dependentes dos ratings(?) ) .
E reflectimos isso no dia a dia, porque as pessoas são espelhos umas das outras. Especula-se que fulano é isto e fez aquilo, e a prova é desnecessária, porque se especulou ,e hoje as probabilidades de isto ou daquilo são muito mais importantes do que o que realmente é.
Quando eu andava na escola, qualquer ciência começava por: temos um problema ( ups!). Como vamos resolver esse problema? Uma hipótese! Funciona ou não funciona? Muito bem!
Hoje começa tudo ao contrário: avaliamos- ups temos um problema! vamos resolve-lo perguntando a quem avaliou: que hipoteses temos de nos safar?
Por isso digo, vivemos numa bolha, que ninguém sabe do que é feita, mas que ninguém se interessa em perguntar, interessa é que a nossa bolha seja tão boa ou melhor que as outras, para ninguém a querer rebentar.

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